Meu nome é Laura da Costa Gomes, apelido Lalá e acho que, mais Lalá do que Laura.Fiz esse blog para passar adiante minhas receitas queridas e que faço há mais de 20 anos.
Gostaria de deixar bem claro,que são receitas dadas por amigos,parentes,receitas de minha mãe, Maria Thereza Weiss e algumas que criei. Atualmente faço minhas guloseimas em reuniões em minha casa e às vezes pequenas encomendas.
Confesso que no trivial sou um desastre,gosto das receitas mais sofisticadas que levem especiarias e fã do vinagre PEIXE com o qual faço meus balsâmicos.



Meus agradecimentos a Anna Carolina Ciavarella que me ensinou a mexer com informática , e deu-me 2 aulas sensacionais que auxiliaram muito na composição do meu material.



Acho que aprendi direitinho, pois a apresentação está bem simpática.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

TALHARIM AO LIMÃO

100 gr de macarrão por pessoa
2 limões sicilianos
½ copo de creme de leite fresco
2 gemas
Sal a gosto

MODO DE FAZER:
Colocar em um pirex em banho Maria,
 as cascas raladas de 2 limões sicilianos,
1/2 copo de creme de leite fresco,
2 gemas
 e sal a gosto,
misturar. tudo.

Uma vez no ponto,
escorrer o macarrão
e colocá-lo no mesmo pirex
mexendo bem,
ralar mais um pouco de casca de limão
para colocar no final
com queijo parmesão ralado a gosto


LEMBRETE:

Eu fiz com espaguette
esqueci novamente do talharim
mas não importa,
fica uma delícia do mesmo jeito.
Achei essa receita,na pesquisa
que faço nos papéis amarelados
de minha mãe.
Recortes de jornais e revistas
muito antigos
Receitas feitos poucas vezes
na minha casa.
Nessa busca às vezes,
encontro uma receita
que é um primor,
como essa.


Achei esse talharim ao limão
e o talharim ao conhaque
ambos tem uma delicadeza sem par
Vou fazer sempre.
Adorei!!!!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

CALDOS BÁSICOS


CALDO BÁSICO DE PEIXE


1CABEÇA GRANDE DE PEIXE
1 DENTE DE ALHO
1 CEBOLA
1 ALHO PORÓ
1 AMARRADO DE SALSA
1 AMARRADO DE CEBOLINHA
1 AMARRADO E COENTRO
2 TOMATES
SAL

MODO DE FAZER:

Ponha em uma panela a cabeça e peixe,cortada ao meio
e todos os ingredientes.
Cubra com bastante água,tempere com sal e leve ao fogo para cozinhar
Retire e coe em uma peneira forrada com um guardanapo úmido
 e utilize para preparo de creme de aspargos,de legumes,
de arroz,aveia etc.
Se gostar,junte à sopa a carne de peixe desfiada.

LEMBRETE:

Não uso um amarrado de coentro mesmo sendo peixe,
coloco alguns raminhos de coentro.Isso é ao gosto do freguês





CALDO BÁSICO DE LEGUMES

2 CENOURAS
2 NABOS
2 ALHOS PORÓS
1 TALO DE AIPO
2 TOMATES
1 CEBOLA
1 AMARRADO DE SALSA
1 AMARRADO E CEBOLINHA
1 AMARRADO DE MANJERONA
SAL

MODO DE FAZER:
Coloque em uma panela todos os legumes picados,os cheiros verdes
 e 2 litros e meio de água
Tempere com sal e leve ao fogo para ferver reduzir.
Retire e coe em peneira .Esse caldo pode ser engrossado com macarrão
,arroz,cevadinha,farinha de trigo torrada


CALDO BÁSICO DE FRANGO OU GALINHA

1 FRANGO PEQUENO OU METADE DE UMA GALINHA
2 CENOURAS
1 NABO
1 ALHO PORÓ
1 CEBOLA
1 DENTE DE ALHO
1 FOLHA DE LOURO
1 AMARRADO DE SALSA E CEBOLINHA
1 AMARRADO DE MANJERONA
SAL



MODO DE FAZER:

Ponha em uma panela a carne e os legumes cortados em pedaços
 e os cheiros verdes;
Cubra com 3 litros de água,tempere com sal e leve ao fogo para cozinhar.
Estando a carne macia e o caldo saboroso,retire do fogo e coe.
Utilize em seguida ou reserve na geladeira,em vasilhames de louça ou vidro.


LEMBRETE:

Esses caldos dão um charme em comidas de ultima hora.
Essas receitinhas achei  no meio de outras e pensei que seria interessante
colocá-las no blog.


Já fiz o caldo básico de legumes e misturei com sobra de arroz
.Para final do dia é perfeito.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

PRALINÉ - LE PRALIN E CREME AMANTEIGADO

2 xícaras de açucar
queimar o açucar
colocando 
em uma panela
e deixar escurecer.
Quando estiver
em ponto de fio
Passe manteiga no mármore
e vire o açucar queimado
Deixe esfriar um pouco
depois, levante
o açucar do mármore
quebre em pedacinhos
e moa para ficar em pó
guarde o pralin numa lata
ou vidro de boca larga
hermeticamente fechado.


CREME AMANTEIGADO
(creme patissière beurrie)
1 quarto de litro e leite
80 gr de açucar
30 gr de farinha e trigo
4 ovos
100 a 80 gramas de praliné(pralin)
125 grs de manteiga

Quando terminar ainda quente
bater com a manteiga
até ficar frio
Ótimo para rechear bolos,
rocamboles e enfeita-los
Pode guardar um pouco
do pralin quebradinho
que ainda não foi moído
para colocar em cima
Fica lindo e crocante


LEMBRETE:

Quando estiver
queimando o açucar,
cuidado para não passar
do ponto.
Quebre o pralin
em um recipiente
que seja fundo.
Se não voa
para todo lado.
Eu coloco no liquificador
para virar pó
e guardo um pouco
para depois
enfeitar o bolo


O passo á passo
do creme amanteigado
não saiu por falta de tempo
Mas breve estará aí
Enquanto isso tente,é uma delícia....
Não podia deixar passar em branco
o aniversário do blog sem uma receita.







domingo, 3 de abril de 2011

Homenagem ao meu blog em seu 1° aniversário.Escrevi para meu pai Bento nos seus 90 anos Uma maneira de resgatar as lembranças que tinham ficado para trás.E sem a Fazenda não haveria o blog.


Fazenda Ribeirão Frio,
hoje pertence a Antonio Augusto Mendes


                                                                    VARANDA
Varanda do Ribeirão Frio, lugar que já abrigou tantas histórias...
Lembro-me, menina, do barulho dos carros de bois rangendo pela estrada afora e eu olhando fascinada...
Lugar de tantas conversas, tantos assuntos e lero-leros, lugar de se sonhar, de se esperar as visitas, de receber as notícias e as horas passando, passando...
A sonhada chegada de Tio Pedro vindo de São Paulo com a família, alegria da casa cheia, a ansiosa espera da visita de Tio Ivo, pai de Dico e Lilinha, que às vezes não chegava, sempre na varanda....
Lugar de conversas sigilosas e planejadas, bolando “artes” como descer a escada da varanda sentados numa folha de coqueiro nas almofadas novas feitas pela Dindinha para minimizar o impacto do rápido deslizar.
Sob a varanda, onde sempre ficaram as plantas que não gostavam de sol direto, dois arcos formavam portas que eram as entradas do nosso mundo do faz de conta.
No porão, eu e Lilinha brincávamos de casinha, distribuíamos os mais novos Rui, Rodolfo, Carlinhos e Marcio como nossos filhos, mas tudo podia acabar mal, pois todos os meninos tinham que ser filhos da Lilinha, ai daquele, que resolvesse ser meu filho, estava rejeitado pelo resto do dia. Os meninos mais velhos, filhos de Tio Rodolfo e de Tio Pedro, construíam cidades magníficas, que Serginho, como um vilão de história em quadrinhos, lançava enormes tijolos como bombas e a tudo destruía.
No final da varanda, era colocada uma rede, onde balançávamos entre empurrões e risadas, e que ficava coladinha na janela da capela, sempre fechada em sinal de respeito e onde reinava um profundo silêncio. Tio Pio alimentava a nossa fantasia em relação à capela, dizendo que um padre louco habitava seu interior e, muitas vezes, no meio das algazarras na rede da varanda, a porta da capela abria-se e saíamos correndo de pavor. Num passe de mágica, Tio Pio surgia do nada e ouvia nossos relatos apavorados. Essa história levou anos... até ser desmitificada por um de nós que teve a coragem de passar na frente da porta da capela à noite e ficar contando até três para porta abrir-se e, quando isso aconteceu, nada aconteceu
Varanda que sobreviveu à queda de parte do telhado, mas que, no seu outro cantinho, manteve o farol, sempre ligado ao anoitecer, e que viu namorados e maridos chegarem e esposas partirem, à procura de vida com mais sentido.
Varanda com seus balaústres que tantas gerações se apoiaram, também usados por meu avô Adolpho, segundo relato de meu pai, para secar o fumo de rolo de seu cigarro que, às vezes, cheirava parecendo que o enfiava no nariz. Seu filho Ivo, imitando-o, desmaiou durante o almoço, depois de passar horas com o fumo em suas narinas.
Varanda, sala de leitura de várias gerações!!! Lembro-me dos gibis disputadíssimos trazidos por Lulu, juntamente com os jornais e revistas trazidas por Tio Paulo e revistas de recortes trazidos por Neidoca para vestirmos nossas bonecas de papel. Todos ali reunidos, sentados ou deitados em seus longos e duros bancos de madeira onde eram jogadas as almofadas das cadeiras para torná-los mais aconchegantes.
Varanda, sala de música e poesias. Tio Pio, que tão cedo nos deixou, recitava poesias que estarão sempre em nossa memória. Violões e músicas cantadas e tocadas com contínuas interrupções, pois tinha que se pensar um pouquinho, tamanho o repertório.
Varanda, velha senhora que viu chegar os Gomes de outros recantos, viu nascer meu pai e seu irmão mais novo e viu morrer Tia Anita, Tia Palmyra, Tio Joãozinho, dindinha Lúcia, mas não viu Tio Pio, Tio Ivo, Tio Rodolfo, Tio Pedro, Tia Olga e Tia Ester
Varanda, onde subiram por suas escadas cortejos de casamento e batizados quando a cozinha se alegrava com a expectativa das festas, onde Tia Olga labutava fazendo biscoitos deliciosos e manteiga fantástica, Tia Anita com mão de ferro, trazendo a chave da dispensa na cintura, dando ordens a empregados, Tia Palmyra com seus doces e geléias com quem aprendi a dar ponto nos meus. Minha madrinha ajudando a todos com sua alegria.
Nessa varanda, muitas vezes, subiu meu avô Sady,que era cunhado, mas acabou como uma figura forte e amada por toda a família e que, com certeza, encostou-se nos balaústres da varanda e se despediu quando da ultima vez em que lá esteve, já doente.
Essa mesma varanda que recebia, com tristeza, as pessoas que subiam suas escadas para velórios na sala de visitas ou se tornava um espaço para os que não queriam entrar, mas apenas conversar lembranças daquele ou daquela que se fora.
Essa mesma varanda viu meu pai recomeçar vida com sua nova companheira que chegou trazendo amigos e irmãos que vieram aumentar mais a família, irmãos que têm o amor de meu pai igual ao dedicado aos sobrinhos tão numerosos e sendo amado por todos eles.
Varanda que não viu subir um neto do seu sangue, mas que viu várias gerações subindo as escadas para lhe mostrar os netos postiços.
Essa varanda e sua escada se abriram para receber Lulu, velaram Lulu e, mais uma vez viram partir um filho que cresceu, viveu e morreu, subindo e descendo suas escadas, encostando-se em seus balaústres.
Essa mesma varanda viu, pouco tempo depois, partir seu último filho que decidiu vender, em vida, a Fazenda Ribeirão Frio.
Partiu de cabeça erguida, firme em sua decisão, tendo a vida lhe levado os irmãos e irmãs e deixando a mesa da sala de jantar vazia e seus cavalos tão amados que jamais poderiam ser montados novamente.
Partiu com a certeza de que não se arrependeria e que, apesar da idade, a vontade de viver e ir além o levou a ter certeza que um ciclo de sua vida havia se fechado. Desceu as escadas dessa varanda, deixando para trás nossa infância, juventude, maturidade e velhice.

ELA continuou lá... sendo apenas e tão somente uma varanda.

Julho de 2009-07-15 Laura da Costa Gomes